
Terceira colocada na disputa, Marina passou a ser assediada pelos presidenciáveis após receber 19,3% dos votos válidos (cerca de 19,6 milhões de votos), o que impulsionou o segundo turno.
Apesar do assédio em torno da verde, ainda é difícil saber quanto o posicionamento da ex-candidata poderá influenciar os eleitores que votaram na senadora no primeiro turno, como disse ao R7 o cientista político Fábio Wanderley Reis, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
- O peso do apoio é muito relativo porque, na verdade, tudo indica que o eleitorado da Marina é heterogêneo. Tem o eleitorado evangélico, tem o eleitorado identificado com as causas ambientalistas, tem quem tenha se atraído pela biografia e pela imagem dela. Então, provavelmente, nós vamos ter uma dispersão de votos, independentemente do apoio que a Marina declarar.
Já o cientista político e diretor acadêmico da Fesp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), Aldo Fornazieri, destacou ainda que, mesmo com o apoio de Marina, provavelmente há quem queira seguir o caminho oposto do escolhido pela senadora.
- O apoio dela não garante que a maioria do eleitorado vai seguí-la, porque o eleitor tem um julgamento crítico próprio também.
Para Fornazieri, a neutralidade da verde pode favorecer ainda mais a candidatura de Dilma. A petista terminou o primeiro turno da disputa com 46,9% dos votos, contra 32,6% de Serra.
- Se a Marina decidir ficar neutra não é ruim para a Dilma. Mas se ela decidir apoiar a Dilma é desastroso para o Serra. [...] Para o Serra a única coisa boa é que a Marina apoie a candidatura dele.
A decisão deve ser anunciada após às 14h de hoje, depois de reunião entre os verdes, a candidata verde e 15 representantes da sociedade civil.
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